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Doenças da Pele
Prof. Dr. Sidney de Souza Lima
O conhecimento das doenças da pele é sem dúvida milenar, como o da medicina
em geral. Não se faziam, por exemplo, os diagnósticos que se fazem hoje. A somatória de observações cada
vez mais acurada, agora sim, dão elementos para suprir teorias anteriores.
Se a observação é milenar, o seu conhecimento em termos da sua sistemática que é
relativamente recente, a partir de 200 anos atrás, quando o inglês Robert Vilan em pensando, desenvolveu a
idéia de classificar as erupções cutâneas em grupos de eflorescências que apareciam macroscopicamente com
elementos eruptivos. Com esse propósito, surgiram as chamadas escolas dermatológicas, de nacionalidades
diferentes, francesas, inglesas, alemãs, vienenses, a brasileira, etc.
Uma dessas escolas, a germânica e a austríaca (vienense), UNNA à sua frente, marcou a
importância das alterações histológicas para dimensionar o diagnóstico microscópico em dermatologia,
criando agora a dimensão histológica para este diagnóstico. Agora, nós queremos ver “dentro da pele”, o
referencial celular intersticial e parenquimatoso das dermatoses, é a época de Virchov e Rekitanski. A
escola vienense configura a idéia de associar a macroscopia e a microscopia, para consolidar o diagnóstico
dermatológico. Sabemos hoje de suas dificuldades.
Em termos de dermatologia brasileira há que considerar a importância de Lindemberg em São
Paulo e Pena Peixoto, Joaquim Mota e Hildebrando Portugal no Rio de Janeiro, este último, figura dominante
na dermatologia de antanho.
E do caos se fez a luz.
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